Vamos falar sobre isto:

Não é como se estivessemos mortos. Foi alguma coisa que fiz? Alguma coisa que disse?

Eu pedi-te muito pouco... Pedi-te para não me deixares pendurada neste mundo tão morto...

Deixaste-me pendurada, bem alto ainda para mais, de um fio bem fino... Foste todas as coisas que pensei saber e pensei que poderíamos ser.

Foste tudo, tudo o que eu quis. Estávamos destinados a ser felizes, ou era suposto... Mas perdemos tudo. perdemos todas as nossas recordações, que tão dentro de mim, começam a desaparecer. Acho que todo este tempo, não fizeste outra coisa a não ser fingir. Mas o meu final feliz chegou.

Tens os teus amigos, e sei o que dizem.

Devem dizer que sou difícil, que sou má... Mas eles não me conhecem.

Eles conhecem-te a ti? Espero que sim...

É bom saber que estiveste aí.

Já não há volta atrás... Podes ou não lamentar, e até recordar em que momento começou tudo... Quem sabe, descobres que tudo começou antes do que pensavas, muito antes... E é aí, nesse momento, que te apercebes de que as coisas só acontecem uma vez, de que tudo acaba, e que por muito que te esforces, nunca voltarás a sentir o mesmo. Talvez nunca voltes a ter a sensação de tocar as estrelas...

Obrigado, muito obrigado... Por fingir que te importei, por me fazeres sentir única. É bom saber que tivemos quase tudo. Muito obrigado por ficares sentado a ver como gritava o teu nome, a ver como atirava pedras à tua janela, a ver como caía, e por me fazeres ver que acabámos.

A vida é uma roda que nunca trava.

- Muito obrigado por deixares alguém apanhar-me.